Bem-vindos à newsletter quinzenal do Expresso Economia exclusivamente dedicada aos apoios da União Europeia. Quem chamou ‘bazuca’ ao extraordinário envelope de fundos europeus para recuperar da pandemia Covid-19 nunca imaginou que a Guerra voltasse à Europa. Mas invadida a Ucrânia pela Rússia, já se fala em reorientar estes e outros fundos contra Putin. Para começar, saiba que o Mecanismo de Recuperação e Resiliência (MRR) prevê €723,8 mil milhões em subvenções e empréstimos para concretizar as reformas e os investimentos dos Planos de Recuperação e Resiliência (PRR) para 2021 e 2026. Apenas um décimo desta ‘bazuca’ foi entregue aos Estados-membros até ao momento. Mudar ou acelerar o PRR? Para evitar “a suspensão de atividade ou mesmo encerramento de muitas empresas”, a Associação Empresarial de Portugal (AEP) veio pedir a reorientação das verbas do PRR para socorrer os empresários nesta fase de emergência. Como? Canalizando os €715 milhões destinados pelo PRR à descarbonização da indústria “para a redução da fatura energética das empresas, que tem vindo a crescer de forma exponencial e insustentável devido à guerra”. Este concurso do PRR já abriu e continua a aceitar candidaturas até abril. Maior problema é mudar um PRR negociado com a Comissão Europeia e aprovada pelo Conselho. Mesmo que as empresas ainda só tenham recebido 100 mil euros do PRR, como o Expresso vem alertando desde janeiro e Luís Marques Mendes reiterou domingo na SIC. Para já, o governo defende a rápida execução do PRR para estimular a economia portuguesa, embora já admita a redefinição de algumas metas devido à Guerra. “O apoio ao nosso tecido económico e social será tanto mais fácil quanto mais europeia for a resposta”, resumiu o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, à partida para a reunião dos líderes europeus de 10 e 11 de março em Versalhes. O Expresso avançou que a prioridade dada pela União Europeia à defesa e aos refugiados não dá grande margem para sonhar com uma nova ‘bazuca’. Valha a convicção de que a atual não sofrerá alterações… A Declaração de Versalhes confirmou que a estratégia europeia passará pelo reforço das capacidades de defesa, pela redução da dependência energética e pela construção de uma base económica mais sólida.
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