domingo, 17 de abril de 2011

Sobre F. Nobre et al, ‘outro’ partido, uma oportunidade, nervosismos PS/PSD & all that


Muito se tem escrito sobre o Dr. F. Nobre e a sua recente opção. Muito ruído tb. Eu conheci-o no CG de uma univ. Revelou boa postura, teve intervenções cruciais (no meu entender), contribuiu de forma decisiva (embora discreta) para uma antecipada mudança. Conversei com ele várias vezes. Gostei. Culto, se alguns o ‘etiquetaram’ de ingénuo, ele t\tb\boas intenções. Já sei, já sei o que os cínicos entre vós já estão a dizer e a pegar em ..., pois atirem. Há quem acredite que pode contribuir para mudar, à sua maneira, de maneira diferente. Roma n\se fez num dia nem é obra de autor único.

Eu creio que o F. Nobre constatou a chance (única (?)) de poder contribuir. Mais e diferente. Em cidadania, como diz, ampliando e modificando o espectro da acção politica. Renovando-a: Além dos usuais partidos (vamos designá-los de A, B, C, D, E, numa lista aleatória) na Assembleia, os cidadãos e cidadãs Portugueses terão oficialmente um novo, uma nova ‘composição espectral’ [notar que não estou a sequenciar, mas a ‘adicionar’...] de p+q+r+s+... ie deputados independentes que responderão aos que os elegeram. Ao povo eleitor.

A participação civica, em termos gerais, de cada cidadão e cidadã Português, é, oscila entre o monótono (ie, votar...) ou o ‘patéticamente repetitivo’: correntes nos portões das escolas, cortes de estrada, gritaria. Não têm culpa: os seus representantes não os escutam adequadamente, não conduzem empenhadamente os requerimentos; Há uma lógica partidária. E um outro\novo partido? O PRD ... foi-se. O MMS ... não existiu. A candidatura do F. Nobre foi, em termos de ‘lógica estrutural’ politica, uma pedrada no charco, relativamante às anteriores presidenciais: um independente (ou qse...), mas sem partido. Fazer daí um novo/outro partido? NUNCA resultaria. E então surgiu: Fazer (ou tentar) nova politica, sem novos partidos, por via de alguns existentes... Subtil. Porque não? E se resultar? Porque é que não irá resultar? Até pode. É uma oportunidade única num momento único de alterar a rota politica e o envolvimento politico. Não é só trocar de ‘locomotiva’. É poder trocar de mapas das linhas ferroviarias, ter outras linhas. Para se fazer chegar uma petição, um caso, um assunto, para discutir um problema e não ficar numa gaveta de uma repartição partidaria... .

Não estou aqui a defender que se vote PSD. Nem sei se vou votar em algo concreto. Apenas acho que se o ruido de algum PS pode ser de medo pela perda de ‘tachos’ (boys & girls), no PSD, também, num partido de baronetes, constata-se que o ‘novo’ partido p+q+r+s+... poderá fazer estragos. Não apenas ao nivel de outros ‘tachos’, boys & girls. Mas que o peso de alguns (não todos) baronetes, a sua dimensão extinguir-se-à. Já não irão à SIC. Nem terão colunas nos jornais. Alguns. Pode acontecer. E um outro PSD pode surgir, associado a uma nova forma de acrescentar a participação civica. E um outro PS também pode ‘forçadamente’, de forma positiva emergir da clandestinidade (ou quase). O nosso ‘very own Peter Rabitt’ (www.peterrabbit.com/) pensou nisto? Só pensou nos votos do FN? Ou antecipou poder mudar a ‘lógica estrutural da politica Portuguesa?

O que não fica bem, devo dizer, no meu entender, é a imposição de 'ser Pr da AR'. Eu preferia que o 'merecer ser' se afirmasse ao inves do 'querer ser'. Eu acho que percebo. Ou quero perceber que possa ser assim: Para mudar este país, ´preciso' de ser algo mais que deputado; Para ser rapido e eficaz, como numa cirurgia de emergencia, com poucas condições, pouco tempo, 'quero (qse) tudo'. Até pode ser bem … intencionado. Mas não fica tão bem. Ou nada bem. Sobretudo se não explicar o 'pq' de querer ser. Isso aí é mau. Para se ser Pr de um CG, ajuda ter sido ou ser Pr de outro Conselho, de ter sido 'deputado' numa 'Constituinte', Director de algo, responsavel por outra. Seria melhor o dar provas e fazer para 'merecer' (eg, arrasando nas eleições...) do que simplesmente 'querer'.

Uma sugestão de serão.

Tenho recomendado que às 19h (até dia seguinte) se faça um apagão na TV. Esquecer novelas e tele-X-ornais. Vão ao clube de video\dvd e alugem o ‘Yes, Minister’ (en.wikipedia.org/wiki/Yes_Minister). Condução politica não é só Westminster. É muito Whitewall. Complexo, mas é outra ‘lógical estrutural’ politica. E, cá, neste ‘rectângulo periférico’ não temos uma estrutura (boa ou má, mas não temos, a funcionar) composta de vários Sir Humphrey.





The Honourable Schoolboy

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