sábado, 4 de junho de 2011

Autonomia Administrativa


Gostei muito de ouvir o Pr. do IST ontem na TVI24.

Um ponto que ele salientou como crucial no desenvolvimento das univs (e, também em recente CG o Reitor tb o mencionou, há que o dizer, embora de forma menos clara e exlicativa, no meu entender, tenho que ser honesto) é que precisam de MAIS autonomia administrativa.

Por um lado, os governos (‘post’ e ‘pre’) apontam que tudo se resolve em fundações…. Mas isso é um discurso duro e que merece MUITO MUITO cuidado (goste-se ou não, concorde-se ou não, ver eg o blog do SPGL sobre este assunto).

Por outro, bastaria as univs terem de facto total autonomia administrativa. Se o T. de Contas não é efectivo (ie existe mas não ‘efectua’…), não é culpa das univs que se verifiquem em outras estruturas ‘publicas’ alguns desvios … bizarros; Verdadeiras acções ‘sado-maso’ do Estado em si mesmo.

Uma total autonomia admin resolveria imensos problemas (sim, resolveria…; Exemplo: ter de 'pedir licença' para várias acções desde que cabimentada ou tomar a iniciativa para enfrentar alguns obstaculos ao desenvolvimento regional, eg) e se receios há de abusos, então sugiro uma alteração do RJIES, nomeadamente no que concerne aos papeis e funções do CG, processo de nomeação\constituição do CGestão ou até de um conselho de ‘fiscalização’ ou ‘fiscal’, mas não vejo nisso um PROBLEMA. Pode-se discutir. Alias, devia-se. Na realidade, vai-se discutir. Ver 'beyond' a entrevista de A. Novoa ao J.Negocios.

Uma acção mesmo básica mas fundamental seria ter todos os processos intra-instituiçao TOTALMENTE transparentes, em tempos adequados e para dúvidas ou reclamações, haver uma instância isenta e 'externa' que pudesse inc. vetar e bloquear esses 'possiveis' abusos. Claro que seria de supra importancia ter as instituiçoes dotadas de Apoio Juridico \ Administrativo rigoroso, capaz, eficiente e competente. E isento. Na dependencia apenas e unica dessa referida instância.

Nota. Há riscos. E perigos numa autonomia administrativa entre 'empresas' onde a competição e 'mercado' não funcionam (ainda). Permite vários cenários de abuso, ou 'inversão' como me apontaram: (i) decidir pagar o ordenado de catedrático a um auxiliar ou o de auxiliar a um catedrático; (ii) burocracia iria/irá decrescer?

Respostas simples (e transparentes) SE estivessemos numa autonomia administrativa entre 'empresas' onde a competição e 'mercado' funcionassem. O que não é (ainda) o caso. Daí o argumento da regulação central. Por culpa própria. Nossa. E de outros.



The Honourable Schoolboy

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