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Fusão de universidades em Lisboa avança com o aval dos conselhos gerais segunda-feira, 16-04-2012 Público |
João d"Espiney Criação de uma nova grande universidade de escala internacional vai hoje a votos na Técnica e quarta-feira na Clássica. Quase todas as faculdades e institutos das duas instituições aprovaram documento proposto Os conselhos gerais das Universidades de Lisboa (UL) e Técnica de Lisboa (UTL) deverão aprovar esta semana por larga maioria o processo de fusão das duas instituições. O documento proposto pelos reitores e pelo grupo de trabalho conjunto das duas entidades, tendo em vista a criação de uma Nova Universidade de Lisboa para entrar no top 100 mundial, vai ser hoje discutido e aprovado pelo "órgão de decisão estratégica e de fiscalização" da Técnica. Na quarta-feira, será a vez de a Clássica levar a fusão a votos. Em declarações ao PÚBLICO, o reitor da UTL, António Cruz Serra, mostra-se convicto de que o processo de fusão "seja aprovado por grande margem". E percebe-se porquê. Das sete faculdades e institutos que integram a universidade, só o Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas (ISCSP) se manifestou frontalmente contra. E até o Instituto Superior Técnico (IST), de onde chegaram a ouvir-se algumas vozes discordantes, acabou por apoiar o processo. Também a Clássica não deverá enfrentar grandes resistências à aprovação do processo de fusão, apesar das "preocupações" e "inquietações" que o projecto suscitou durante a fase de discussão pública. Das 11 faculdades e institutos que compõem a UL, duas não se pronunciaram ainda e as restantes nove apoiam a sua integração numa única nova grande universidade, que terá um orçamento de quase 300 milhões de euros, mais de 46 mil estudantes e quase três mil docentes e investigadores. Mais autonomia De resto, dos 23 pareceres sobre a fusão que foram tornados públicos, só três foram claramente negativos: o do já referido ISCSP e os dos departamentos de Física e Matemática do Técnico. Após passar esta semana pelo crivo dos órgãos de decisão estratégica das duas universidades, o documento terá ainda de ser analisado e votado numa reunião conjunta dos dois conselhos gerais, marcada para dia 30. "Espero que haja uma aprovação, para a seguir se avançar com as negociações com o Governo", salienta António Cruz Serra, defendendo desde já que o executivo "terá de assegurar um estatuto de autonomia que actualmente não existe para garantir que a nova universidade seja gerível e se torne numa grande universidade europeia". "A situação actual, que é de grande dificuldade na gestão financeira, obriga-nos a exigir um estatuto de autonomia reforçado. Se isso acontecer, vamos conseguir aumentar as receitas próprias e seremos capazes de ter muito mais actividade [científica e de investigação]", diz o reitor da Técnica. Apontada numa fase inicial como podendo estar contra a fusão, a assembleia de escola do Instituto Superior Técnico acabou por dar parecer favorável, embora ainda condicionado às "condições que houver para a sua concretização". Para que o "sim" se torne definitivo, o presidente da assembleia do Técnico, Pedro Lourtie, salienta ao PÚBLICO a necessidade de "assegurar e, se possível, reforçar a autonomia do IST", "preservar a identidade e a marca IST/Técnico" e "tomar a decisão em dois momentos: primeiro uma decisão preliminar e, após a preparação do processo e da negociação com o Governo, a decisão definitiva". Vozes dissonantes Irredutível na sua oposição ao projecto parece estar o conselho pedagógico do ISCSP, que deu parecer negativo. "Não sendo contra os processos de fusão na generalidade [o conselho] é contra esta fusão, contra o calendário e o timing da mesma, bem como contra a forma como o processo tem estado a ser conduzido", refere o parecer, que defende que a proposta de "megaconcentração de vários serviços, a verificar-se, irá deteriorar ainda mais a qualidade do serviço prestado". Na Faculdade de Arquitectura da Técnica, a fusão é "uma realidade globalmente aceite", mas também aqui "é necessário que a reitoria promova uma mais eficaz articulação entre escolas da UTL" e resolva as "sobreposições" na oferta formativa dentro das duas universidades. Esta é, aliás, uma das dificuldades apontadas no próprio documento do grupo de trabalho que preparou a fusão e que admite como "inevitável" o "encerramento ou a extinção de alguns grupos e cursos". Já a Faculdade de Medicina Veterinária da UTL, apesar de apoiar a fusão, defende que o calendário proposto "é de difícil exequibilidade temporal". O calendário em cima da mesa aponta para que o futuro reitor da nova universidade seja eleito e tome posse daqui a menos de um ano, em Janeiro de 2013. Do lado da Clássica, o parecer da Faculdade de Ciências aponta para a necessidade de "envidar esforços para que esta fusão não fique resumida a uma simples soma das duas universidades e sim a uma mudança efectiva do paradigma", que permita "superar algumas restrições que se colocam actualmente às universidades, como o não rejuvenescimento do corpo docente". |
Há um detalhe curioso. SE a ''nova'' uni tiver novo reitor em 01-2013 isso implica um CG (bem) antes e obviamente que isso implicará uma nova 'landscape' para operações estrategicas. Ie, quem for a votos ANTES ou DEPOIS (logo depois, + \ -) para outros (...) conselhos, etc, terá que ter em conta que haverá um outro 'competidor'. E com outros 'eigenvalues', 'eigenvectors', etc etc. NADA será como dantes. CRUP inc. Se a fusão UTL-UL for avante e for aprovada, homologada, apoiada, etc et al, haverá vencedores e tambem derrotados. Alguns algo mais tarde, mas estarão nesse grupo, mesmo que ... indirectamente.
Eu desde já aqui vaticino o seguinte. Há uma frase curiosa que vi numa parede numa Uni no UK, num astro institute, que cita o King Lear (Shakespeare) '' It is the stars, The stars above us, govern our conditions. ''. E de facto, se uma nova estrela (por associação de 2) 'surge', toda a dinâmica muda(rá). Pelo que se as outras estrelas e astros não se adaptam e adequam... . ie, mal será se em algumas desses astros não houver um 're-design' dos respectivos PE's ''muy pronto'', aqui e ali, porventura, 'amigando-se' com este e aquele.
Desta ou daquela forma.
Otherwise...
The Honourable Schoolboy
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