Entrevista
“Universidades vão criar fundo de apoio social”
Madalena Queirós
05/03/12 17:20
05/03/12 17:20
Cf em
http://economico.sapo.pt/noticias/universidades-vao-criar-fundo-de-apoio-social_139569.html
Curioso. E coloco em italico meus comments: [my view]
António
Rendas, presidente do Conselho de Reitores, revela que será criado
um fundo de apoio social para apoiar os alunos que não podem pagar
propinas.
A
preparar-se para um ano difícil, o Conselho de Reitores (CRUP)
decidiu criar um fundo social para apoiar os estudantes que não
conseguem pagar as propinas. A ideia foi aprovada no último Conselho
de Reitores revela António Rendas, presidente do CRUP, em entrevista
ao Económico TV. O
aumento de trinta euros de propinas a pagar, no próximo ano, por
cada estudante será canalizado para este fundo.
[Ideia
curiosa. Será o provedor a gerir (numa conta ''separada'' das
contas\rendimentos da instituição)? Ou ficam os 30E * X alunos
= muitos Euros numa conta da instituição? AA aceitam? E por que não
antes... diminuir propinas? E nao seria melhor fazer isto opcional?
AA's ate seriam parte integrante de um processo solidário. E
adicionar que os
30€ corresponde sensivelmente
a uma viagem 'cidade univ' <->Lx\Pt ou equivalente, o que
significa que será mais um fim de semana que os alunos não irão a
casa. Tudo bem. E 30/12 são pouco mais de 2€ /mês, ie um
almoço. Tudo bem. Mas por que não ao invés reduzir as propinas (de
forma ate … diferenciada...) porque cada vez são mais os
necessitados à medida que a classe média ''empobrece''?
Claro assim não haveria fundo nem haveria que dar mais X as univ's
no acto da inscrição. Repito: Será o provedor a gerir a conta? Ou
ficam os 30E * X alunos = muitos E numa conta da instituição? AA
aceitam? ]
Uma
ideia solidária num contexto de fortes restrições orçamentais.
António Rendas denuncia a "teia burocrática" que está "a
impedir as instituições de funcionarem e de contribuírem para a
redução do défice, captando receitas próprias". A última
gota foi "a nova lei dos compromissos que cria a obrigatoriedade
que haja cabimentação a três meses e que vai gerar os maiores
problemas no sistema universitário e científico" se continuar
a ser imposta às universidades. As instituições de ensino superior
são "como um ser vivo que de repente é colocado numa malha de
cimento", alerta. E o Ministério das Finanças "parece"
inimigo da boa gestão universitária.
António
Rendas, fala da fusão da Universidade de Lisboa com a Universidade
Técnica de Lisboa para dizer que é "um processo interessante"
mas alertando que não pode ser visto "como um acto isolado
porque isso seria muito mau".
As
restrições orçamentais estão a obrigar a reorganizar a rede de
ensino superior?
Uma
coisa é a qualidade e excelência da rede, outra coisa são as
restrições orçamentais que estão a afectar toda a Europa. As
restrições, nestes últimos dois anos, foram dirigidas a todo o
sistema de financiamento público e as universidades foram também
apanhadas nesta situação. A reoganização da rede deve ser feita
com aspectos positivos e não com aspectos negativos. Reorganizar a
rede numa situação de penúria
(Madalena,
ele disse 'penúria'??)
financeira
não leva à excelência, leva a mais restrições e não queremos
que isso aconteça. O que nos preocupa nas universidades é a enorme
teia burocrática
[...e
já fugiu à pergunta...]
que
está a levar a um atrasar dos processos de tomadas de decisão.
Estamos a sentir que, não só os nossos orçamentos foram reduzidos,
como os procedimentos administrativos que nos são impostos levam a
que esses financiamentos possam nem sequer ser executados. Esta nova
lei dos compromissos que cria a obrigatoriedade que haja cabimentação
a três meses vai gerar os maiores problemas no sistema universitário
e científico. Acho que ninguém quer isso e tenho muito esperança
que se resolva. O que tem sido mais complicado é a nossa
incapacidade, que habitualmente tínhamos, de gerar receita. As
universidades têm características muito especiais: não têm
buracos orçamentais
(definir
'buraço orçamental'. Deficit pequeno, divida grande?),
nem
dívidas à banca, nem às empresas e têm a capacidade
extraordinária de gerar receita. Somos capazes de ir a outras
fontes, que não o Orçamento do Estado buscar verbas até no espaço
global e europeu. Neste momento estamos ao nível das melhores
instituições europeias, se a teia administrativa que está a ser
criada nos vai impedir de funcionar é quase como um ser vivo que de
repente é colocado numa malha de cimento. E para além disso podemos
contribuir para a redução do défice.
Há
quem diga que o Ministério das Finanças é inimigo da boa gestão
das instituições...
Se
não é, parece. E o pior que há é parecer.
A
verba do OE 2012 é suficiente para manter todas as universidades a
funcionar?
O
que está a acontecer é que as instituições estão a reduzir a sua
actividade, o que é terrível. Estas situações de restrição
orçamental vão ter dois efeitos: vão afectar as instituições que
têm o seu metabolismo basal, recorrendo a uma expressão médica,
relativamente reduzido, e que o vão reduzir ainda mais, e depois
aquelas que são muito competitivas vão ficar desanimadas. E essa é
uma componente que me deixa preocupado que é a falta de confiança.
Não queremos nem mais dinheiro, nem mais privilégios, e nem
queremos que nos cubram as dívidas. O que precisamos de saber da
parte do Governo é se existe esse capital de confiança. Tem que
haver sinais por parte do Governo. O que neste momento é muito grave
para todos nós é que há um clima de falta de confiança e
incerteza nesses processos de tomada de decisão. É muito importante
que no contexto de funcionamento das universidades nos deixem ter
agilidade para a gestão dos nossos recursos, que muitas delas são
receitas próprias, que em alguns casos chega a 50%.
Há
quem diga que há quatro ou cinco universidades que não são
viáveis, neste quadro de restrições orçamentais. Concorda? [Oh,
Madalena,
grande pergunta!! Isto começa a ganhar 'cor'...]
Tenho
dificuldade em usar rótulos. Acho que o conceito de viabilidade tem
a ver com uma situação que em Portugal é muito frequente, e que
essa tem que deixar de existir, em que toda a gente acha que deve
fazer tudo. Temos é que ser muito selectivos na forma como vamos
desenvolver a nossa actividade. Há universidades que tem claramente
um carácter internacional, há universidades com carácter regional
e local. O conceito de viabilidade tem a ver com aquilo que as
universidades realmente fazem. É importante que as universidades se
diferenciem. Não faz sentido nenhum, por exemplo, que haja
instituições a ensinar grego de norte a sul do país. Deve haver
duas ou três universidades que o façam muito bem nessa área. Tem
que haver alguma capacidade de olhar para a rede como um todo e
definir indicadores de qualidade que permitam, com a aceitação das
instituições - instituições que assumam compromissos de
desenvolvimento regional, outras de grandes desafios internacionais
devem ser todas recompensadas, não deve ser uma coisa de excepção.
Definidos esses pré-requisitos, temos que verificar se as
instituições são ou não viáveis. A palavra em si é redutora.
[Em
conclusão: concorda, mas com ''outro'' rótulo- ie há univs a
mais se forem todas do mesmo; mas se houver class-A univs e class B
univs e class C univs , ie diferenciadas, ja serao poucas em cada
classe e já nao sao muitas. É como ter um paciente com muitos
sintomas e sem diagnostico: ''separa-se'' o paciente em 'partes',
cada uma com poucos sintomas, fazem-se diagnosticos muito locais,
cura-se aqui e ali, com isto e aquilo, para aqui e ali. Será? ]
"Faz-me
imensa confusão que não haja um erasmus nacional"
Instituições
devem especializar-se e apostar naquilo em que são realmente boas e
não devem mimetizar-se umas às outras?
Isso
acontece em Portugal e em muitos outros países, sobretudo em países
pouco desenvolvidos.
As
universidades devem associar-se e deve haver consórcios. Por
exemplo, na área dos mestrados e doutoramentos, é muito
interessante que um estudante possa durante a sua formação
beneficiar daquilo que é de muito boa qualidade numa determinada
área numa instituição, e que possa também funcionar noutra
universidade para concluir a sua especialização. Faz-me imensa
confusão que não haja um programa de erasmus nacional. Temos um
programa de intercâmbio que não é muito bem-sucedido. Os
nossos estudantes universitários deveriam circular entre as
instituições portuguesas. Nos
doutoramentos já existem alguns bons exemplos. O CRUP encomendou à
Agência de Avaliação e Acreditação (A3E) um estudo sobre a rede
de ensino superior que deverá estar disponível nos próximos
meses. Um
estudo que identifica quais os ciclos de estudo nas universidades e
em que há sobreposições para perceber como se pode potenciar essa
oferta curricular.
(esperemos
que seja ... de e-f-e-c-t-i-v-o interesse e utilidade
construtiva para Portugal; Objetivo:
não esperar pelas avaliações da A3E'S (que até podiam ser boas em
alguns casos…) e avançar já com fusões de programas de … PhD,
a ''santa salvação'')
Depois
desse estudo terminado poderá iniciar-se um processo de
reorganização da rede? [Madalena,
você é ... wow... não larga. Boa pergunta. De novo. O país
agradece]
O
que é importante é ter essa informação e esses dados são muito
importantes para a tutela. Porque as decisões que estamos a tomar ou
são muito bem fundamentadas ou são sujeitas as determinadas
pressões e grupos que querem manter a sua capacidade de intervir. O
que fizemos a seguir foi pedir à Associação Europeia das
Universidades (EUA) que olhe para esse estudo no contexto europeu
[Não
há nada como ir de Rotweiller e mais um bicho mau para fazer
''outras''pressões...].
Já
estão identificados os consultores internacionais que virão a
partir de Outubro olhar para a rede
[Ie
escolhemos as assinaturas e já temos a nossa grande muralha pronta.
Ou em grande plano estratégico para defender e dizer que só como
querermos... Parece. O
CRUP passa por cima de NC e vai
fazer o trabalho? ].
E
depois teremos uma informação europeia
[Wow.
Eu se fosse ao Pr do A3E's e estivesse a ler isto.... Caro AA, você
nao precisa 'disto'. Embora o país precise de si... . ].
Para
que isto possa ser inserido no contexto europeu
[Agora
é sem luvas, é contexto europeu. Madalena, cuidado, agora, a
sério...],
em
que neste momento há uma enorme expectativa com o investimento do
Programa 2020. O presidente Durão Barroso
[Wow.
O DB é de facto pr da CE mas é um cargo de gestão de lideres, n t
poder de liderança. Mas para efeitos de carpet bombing serve... ]
já
nos disse isso numa reunião que tivemos em Janeiro que há uma
enorme aposta na Europa na qualificação do ensino superior
exactamente para abordar a questão da empregabilidade.
Que
opinião tem sobre a Fusão da Universidade de Lisboa e Técnica? E
se acha que outras instituições devem seguir este exemplo.
Há
duas razões que me levam a ser prudente. A primeira é que o assunto
nunca foi abordado no Conselho de Reitores
[Para
um(a) leitor(a) atento, a keyword aqui é ''nunca''. Poderia ter sido
'2 meses depois' do anuncio, 'ontem' mas é ... 'nunca'. O CRUP n é
bem C-RUP. E mostra que o CRUP não foi bem visto como de utilidade
nesse processo, foi pois 'marginalizado' por questoes... tacticas
para se traduzir em sucesso tb estrategico da UL\UTL, caso consigam.
E se conseguirem, para que usar o CRUP? Alias o NC, se for esperto,
1.e4 1e5 2.Cf3 ..., vai apoiar a fusão. Parte o CRUP, dividir
p\reinar, tem uma mega-fundaçao e depois tem outras 3 (UP, UM,
IScte) e depois ... Coimbra que ou se mexe ou fica em
redux-regional-muito local-qse-so-historia\tradiçao-ie
fados&guitarras.]
e
por isso não quero pronunciar-me como presidente do CRUP. A segunda
é o facto de ser reitor de uma outra Universidade em Lisboa. Mas
como cidadão, como disse o ministro Nuno Crato, acho que é um
processo interessante. As últimas informações que tenho é que
parece que vai ser uma fusão feliz, as pessoas estão felizes o que
é muito importante. E espero que seja útil. O me preocupa, como
cidadão, é que isto não seja visto como um acto isolado e
sobretudo como uma situação única no espaço português, porque
isso seria muito mau.
[Resumo:
É ''interessante'' mas ''preocupante'', tipo doença. E pior, parece
que a equipa medica nao tem nem 'cura' nem o Dr. House in the
house. ]
Outras
universidades devem seguir-lhes o exemplo? [Madalena,
você é o maximo. Não larga. Grande pergunta, de novo]
Deve
considerar-se esta iniciativa como uma iniciativa de duas
universidades, que pode ser interessante para as duas. Mas ainda não
consigo ver, porque não conheço os documentos, como é que pode ser
exemplar para a rede. Porque quando olho para o que aconteceu no
espaço europeu vejo que as fusões bem-sucedidas nunca aconteceram
em grandes capitais
(Definir
grande e pequena capital....).
Não
conheço nenhuma capital europeia que tenha apenas uma universidade
(É
melhor eu estar calado. Claro, privadas, várias mas...).
Não
posso considerar isso como uma situação única no espaço português
porque é evidente que a rede é muito mais do que isso. Há enormes
virtualidades nas universidades do Porto e Minho. A capacidade de se
formarem consórcios é muito interessante. Estamos interessados em
ter consórcios e ligações com outras instituições do espaço do
sul do país. Ao nível de todo o país há outras formas de
olhar para a rede que não seja exclusivamente através de uma fusão.
[Um
eixo UNL - UEv-Ualg???]
O
antigo secretário de Estado do Ensino Superior, Manuel Heitor, e
actual professor do Instituto Superior Técnico criticou a fusão
dizendo que se devia pensar num processo que reunisse as quatro
universidades de Lisboa. A Universidade Nova estará disponível? Ou
acha que Lisboa não pode ter apenas uma universidade?
Acho
que como antigo aluno e como licenciado pela Universidade de Lisboa
considero que há uma identidade das instituições que é preciosa e
que é importante e que prezo muito. Acho que Universidade Nova de
Lisboa, apesar de ser mais recente, tem uma outra identidade. Existe
uma associação das universidades de Lisboa de que sou signatário e
que era importante revitalizar.
Através dessa associação haver iniciativas conjuntas ligadas aos
estudantes erasmus e aos apoios sociais. Há ainda muita coisa a
fazer em lisboa, sem que haja uma fusão das quatro, ou das cinco se
pensarmos no Instituto Politécnico de Lisboa.
Recordo
que mesmo em Barcelona, houve essa tentativa de fusão das
universidades e a Universidade Autónoma e a de Barcelona,
mantiveram-se unidas através de associação.
Funciono
de uma forma muito objectiva. Prefiro que os problemas estejam
identificados e que as instituições contribuam para os resolver. No
caso da fusão há problemas muito concretos que percebo e respeito,
e provavelmente foi esse o caminho que seguiram.
[Revitalizar
um CRUP-markII, talvez?]
Veria
com bons olhos a fusão dos serviços de acção social das quatro
instituições?
Veria
com bons olhos uma análise objectiva e com números de qual é que
tem sido o contributo das instituições para o apoio social em
Lisboa, como vi em Coimbra e no Porto (entre o politécnico e a
universidade). Acho que valia a pena rentabilizar recursos, mas há
especificidades de cada universidade mesmo para o apoio social. Vamos
pensar que temos uma universidade mais internacional, há perfis de
acolhimento de estudantes que são diferentes. Estou cada vez mais
avesso a esquemas e a soluções pré-estabelecidas, temos que ter a
atitude de ver o problema e tentar resolvê-lo, não de cima para
baixo, mas a partir da realidade e do terreno.
Mas
os dois reitores dizem que o processo é virtuoso até porque parte
das instituições e não é imposto pela tutela...
Acho
que eles estão felizes e ainda bem. Mas precisam de financiamento e
da tutela como todos nós. Estão à procura de um financiamento
significativo e de contratos programa e de modelos e acho que é
importante que os financiamentos sejam vistos de forma transparente.
Se essa componente for igualmente transparente e discutida ao nível
geral das instituições, acho que ficaríamos todos felizes.
[esta
parece que foi p\doer. Alem das cartas, já temos $$$ on the table.
Getting serious. Madalena....]
Noutro
países europeus as fusões tiveram um forte apoio por parte do
Estado ( em França houve um apoio de 50 milhões ). O projecto de
fusão prevê a criação de um Fundo público de 200 milhões que
capte receitas privadas. Será concretizável em Portugal, não
havendo tradição de o fazer?
Não
conheço o projecto o
suficiente para ir tão longe. Acho interessante a passagem a
Fundação, a Universidade Nova de Lisboa já tem esse processo
bastante adiantado
[a
UNL p\fundação... Ok, Coimbra rodeada de campos de soporiferos ou
tb...?].
Haver
contratos - programa é excelente. Mas tudo isso precisa de um apoio
financeiro, que tem que vir do Governo. Não vale a pena pensar, nem
deve ser abordada a via nesse sentido, que isto vai ser feito
desorçamentando o financiamento público das instituições. Seria
uma situação que o governo não quer, nem ninguém quer. Somos
autónomos, mas não somos independentes. Tem que haver uma maior
autonomia, mas as instituições tem que ter apoio estatal - que
aconteceu em todos os países europeus, Alemanha, Espanha e França.
Há dados recentes de Inglaterra, em que houve corte significativo e
há um estudo recente que revela que eles estão a perder alunos.
Este tipo de desorçamentação acaba por ter consequências
complicadas nas instituições
Por
causa da crise tem havido muitas desistências no ensino superior?
Ainda
não.
[A
palavra chave na frase anterior é: ''Ainda''. E já diz o que se
espera
ie o que se segue...!]
É
evidente que as pessoas sabem que ter um diploma de ensino superior é
sempre um passaporte melhor para garantir emprego. Mas a crise vai
ser terrível. Presumo que as pessoas vão deixar de ter dinheiro
para investir. O que sentimos em relação às propinas do 1ºciclo -
e debatemos isso no último Conselho de Reitores com muito empenho,
por proposta minha - é a questão dos alunos que deixam de estudar
por situações financeiras da família. Cada universidade está
disponível para criar um fundo de apoio social para esses
estudantes, utilizando a verba do aumento para a propina máxima. Ou
seja tínhamos o limiar de 999 euros, e este ano o acréscimo será
de 30 euros. O CRUP assume o compromisso com o país de que essa
verba será destinada a um fundo que permita que os estudantes
carenciados possam continuar a estudar. O raciocínio é simples.
Ainda há muita gente
[Eu
nao sei se se sera assim tao simples. Imaginar que dos alunos, todos
no ESup, eg, 85.7% NAO podem dar mais 30 euros? Talvez possam. Mas
podem mesmo? Tem a CERTEZA? Alguem fez esse estudo? Sabem a 100% sem
erro que os alunos podem? É como o dir. do LHCb receber uma nota do
chair-CERN a dizer, ''ponha mais 300Gev'' na sua coisa ai no tunel...
pois e estoira com a rede lectrica do oeste da Suiça e 1\2 da
França. Bum. Ou o chair do Titatic dizer ao comandante, 'dê me
mais 30 nós, quero tomar o café no Cental Park amanhã 10.30 local
time. Bum. Foi um iceberg. Sim, grande bloco de gelo.]
para
quem dar mais trinta euros não tem muito significado e está no
ensino superior. É importante que essas pessoas possam contribuir
para que os carenciados possam manter-se no ensino superior. Será um
projecto horizontal para todas as universidades e que representa mais
um contributo para que não haja diminuição dos estudantes do
ensino superior.
Quantos
estudantes a deixaram o sistema por dificuldades económicos?
É
muito variável. Os dados que temos, em comparação com anos
anteriores não são alarmantes, nem muito significativos.Penso que o
ano difícil será este e daí estarmos a tomar estas medidas.
A
reorganização da rede pode implicar o encerramento de instituições
Acha
que é viável continuarem a existirem 15 universidades públicas e
15 institutos politécnicos?Há quem diga que estamos acima de todos
os países europeus em número de instituições... [Madalena,
você é firme. Wow...]
Estive
em Macau numa reunião em que estava o coordenador da Agência de
Qualidade do Quebeque. E o Quebeque tem uma população semelhante à
nossa e tem 22 instituições universitárias. A linguagem dos
números é importante como um primeiro passo mas é como se diz no
anúncio "size doesn´t matter it´s whath you do with it".
Temos que ter capacidade de avaliar a qualidade das instituições
que é fundamental. A Agência de Avaliação e Acreditação tem
feito um trabalho notável e pode ser
uma alavanca excelente para reformular e reestruturar a rede.
[...pode
ser ... alavanca... pois qdo vierem os tanques e o peso pesado DB,
quem precisa do AAmaral e A3E's...; E ATENÇÃO:
até agora a A3ES SÓ
avalia cursos e não instituições!]
Porque
as pessoas vão ser, na realidade, confrontadas com o que colocaram
como requisitos e como ferramentas de formação. Temos que olhar
dentro das instituições para ver qual a relação entre a oferta e
a procura, o que acontece nas colocações no 1º ciclo.e ter coragem
política, e não são só as universidades e sei que é muito
difícil, se há instituições com um pequeno número de estudantes,
se tem pouca produção científica, e se tem pouco impacto regional
[QUAIS?]-
primeTemos
quiro há que confrontá-las com isso dar-lhes a oportunidade de
melhorar e articularem-se e criarem alianças. E depois há que tomar
decisões...
[Não
sei se o Pr do CRUP está a querer ganhar tempo. É legitimo no lugar
dele, percebe-se. Mas será que ele não estará a querer MUITO
tempo? ]
Que
podem passar pelo encerramento das instituições? [Madalena,
uff. Estou a ficar sem folego. Wow. Cuidado consigo. Que capacidade
de 'hunting down'. Você é uma verdadeira leoa do Serengetti...
]
Decisões
que poderão passar por isso. Mas essas decisões em países
civilizados passam por este tipo de exercícios que são dolorosos
mas que permitem que não fique só um eucalipto sozinho depois de
ter secado tudo à volta. Portugal tem diversidade e qualidade
suficiente para ter muitas instituições desde que tenham capacidade
competitiva. Criar uma ou duas instituições isoladas, como costumo
dizer um pouco a brincar, já nem no Uganda.
[Sinceramente, N-Ã-O teve piada. Até porque
... http://blogs.hbr.org/cs/2012/03/what_africas_entrepreneurs_can.html?cm_mmc=npv-_-AWAREN-_-SIMONS_POST-_-030512]
Há
três instituições que avançaram para o modelo das Fundações,
acha que o Governo está a abandonar o modelo das Fundações?
O
que aconteceu com as três fundações teve a ver com aspectos
globais das fundações em Portugal. Tanto quanto sei, o governo teve
uma atitude muito interessante que foi de excepcionalizar as
universidades fundacionais das regras e restrições que têm a ver
com a Lei dos Compromissos. O Governo está a dar sinais muito
interessantes no sentido de considerar que é um modelo que pode
existir. O que aconteceu foi que, neste ano, houve necessidade das
universidades fundacionais serem integradas novamente no sistema
público. Vamos ver o que vai acontecer a seguir. No caso da Nova
estamos preparados para isso e estamos interessados em discutir esse
aspecto. A Universidade do Minho já tem a proposta apresentada ao
governo. Curiosamente, a Universidade de Macau está a olhar para
este modelo fundacional com bastante interesse. Acho que estamos a
ter repercussões internacionais. As Fundações têm méritos
positivos e permitem uma gestão mais flexível, excepcionalizando
cortes orçamentais. Mas tem outra coisa importante que é o facto de
as universidades assumirem mais responsabilidade dentro da sua
autonomia. É um modelo muito interessante e se for clarificado pode
ser muito apelativo.
Esteve
em Macau quais os resultados concretos que resultaram dessa visita?
[A
Madalena ja percebeu que mais do que conseguiu, mais n consegue, e
tira uma pergunta da cartola para deixar o Pr CRUP terminar a fazer
uns floreados. ]
O
Conselho de Reitores e o presidente dos laboratórios associados
assinaram um protocolo de cooperação com a Universidade de Macau. O
objectivo era fazer uma parceria entre as universidades portuguesas e
a Universidade de Macau que está a sofrer um enorme processo de
transformação que passa pela construção de um novo campus na ilha
da montanha, com uma perspectiva de desenvolvimento científico mas
também tecnológico e empresarial. Há uma enorme preocupação da
Universidade de Macau em ser uma referência no sul da China e tem um
nicho muito especial que é o ensino da língua portuguesa. Essa é
uma componente que é um desafio para nós, mas também há áreas a
desenvolver como a medicina tradicional chinesa, mas também nas
áreas da Química e controle de qualidade e também nas áreas do
lazer. Como costumo dizer, a brincar, não se trata de trazer dez
chineses para Portugal e levar dez portugueses para a Macau. O que
pretendemos é que haja uma cooperação com largas centenas de
estudantes, como acontece na Escócia, em que cerca de 20% dos
estudantes vem da Ásia.
[Afinal
o Futre tinha razão! Infelizmente
para algumas cidades e universidades, (já) não têm
aeródromo\aeroporto.]
Tem
que ser planeado e é um grande desafio e não sei se vamos ser
capazes porque os portugueses têm uma enorme dificuldade em
trabalhar em equipa. Somos optimos para ser estrelas, mas depois a
nossa selecção não é assim tão boa. Há um trabalho muito
importante de equipa importante em mobilizar recursos e de não irem
todos fazer tudo. É um desafio interessante que acontece de forma
microscópica que é optimo que continua a acontecer. É um esforço
colectivo que não tem nada de original e é um desafio de curto
prazo. Mas a questão é responder ao trabalho de médio prazo e que
envolve a confiança entre portugueses e chineses. São actividades
muito competitivas porque estamos a competir com universidades
asiáticas e norte-americanas.
[Só
que está
ultrapassado! As univ Inglesas
e Americanas estão a abrir Polos na China. Os diplomas são dessas
univ e é como se os alunos estudassem no UK ou USA. E nós? “só”
conseguimos 1 parceria com a univ de Macau? Não é possível criar
uma Universidade Portuguesa de Macau? (Na parte da cultura era
aproveitar parte do know how do instituto Camões. Podia ser uma
lança na China e no sudoeste Asiático. Custa $$$ é verdade e não
há …mas a FGulbenkian não podia ajudar? E a Fundação oriente? E
a CGD não podia contribuir? Nem que começasse com 2 ou 3 cursos de
lápis e papel.
PS-
podiam ser adicionados outros
parceiros (para além dos óbvios EDP e REN). Todas as empresas que
queiram estar na China!]
[[
Permitam-me agradecer ao 4&U+1 pelas sugestões superiores
que me enviou. ]]
The Honourable Schoolboy
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